À frente do Gama desde 2017, Weber Magalhães e Arilson Machado deixam a presidência e vice, respectivamente. A renúncia veio após mais uma derrota no quadrangular semifinal do Candangão BRB 2022, onde o alviverde terminou zerado em pontos.

Durante sua passagem, o Gama conquistou dois títulos candangos (2019 e 2020), sendo o primeiro de forma invicta, mas a falta de recursos financeiros nos últimos anos culminaram no baixo desempenho e eliminações precoces, fazendo com que os comandantes buscassem a renúncia.

“É muita pressão, muito desgaste de imagem, desgaste emocional, psicológico. A gente trouxe um cara para comandar a SAF e ele não honrou com nada”, afirmou Arilson Machado ao DFSports+. Mesmo assim, ele fez questão de enfatizar que até com os problemas o Gama fez boas campanhas no Candangão.

O segundo vice-presidente do Gama já havia renunciado ao cargo, e com isso, quem assume a presidência do maior campeão candango é o presidente do Conselho Deliberativo, Miguel Peres.

SAF

Em dezembro de 2021, o Gama aderiu ao modelo da SAF – Sociedade Anônima do Futebol, modalidade implementada por força de lei que permite aos clubes ter uma alternativa para equacionar suas dívidas e melhorarem seus modelos de gestão e governança. 

Entretanto, ainda em janeiro, chegou ao fim a parceria entre o Gama e a empresa responsável pela implantação da SAF no clube. Por meio de suas redes sociais, o Periquito anunciou o rompimento unilateral do contrato previsto entre as entidades.

Tal como afirmado por Arilson, o clube alegou o descumprimento por parte da empresa Green White Investiments LLC do aporte financeiro acordado entre as partes. Com isso, o presidente Weber Magalhães voltou a gerir a equipe.

Renúncia

A carta de renúncia foi publicada no começo da tarde desta quinta-feira (31), por meio das redes sociais do clube. Os ex-presidente e vice afirmaram novamente as dificuldades passadas devido à falta de recursos, causada principalmente pela pandemia.

A gente entende que é o momento de sair. Não tínhamos mais condições de ficar, a imagem do clube está muito atrelada à minha imagem e do Weber.

Arilson Machado

Já o agora ex-presidente Weber Magalhães, falou ao DFSports+ que cumpriu tudo que foi prometido, e por isso, sai da presidência do Gama de cabeça erguida. “Não paramos em nenhum momento, mesmo com a pandemia atrapalhando a nossa gestão”, afirmou.

Campanhas

Ns dois primeiros anos de Weber e Arilson à frente do Gama, a equipe chegou às quartas de final, mas acabou eliminada primeiro pelo Paracatu, e em 2018, pelo Luziânia.

Já no terceiro ano de mandato, o Gama chegou forte, conquistando o bicampeonato candango em 2019 e 2020, ambos em cima do Brasiliense, sendo o primeiro de forma invicta. Na Série D, porém, o desempenho não foi o mesmo.

Em 2020, apesar de passar em 2º lugar na fase de grupos, atrás apenas do Jacaré, o Gama acabou eliminado pelo Goianésia logo na segunda fase. No ano seguinte, o péssimo desempenho fez com que o Periquito ficasse na penúltima colocação do grupo, sem passar de fase.

Após ficar de fora da disputa final do Candangão 2021 e sem conquistar o acesso, o Gama ficou sem calendário nacional para 2022. Então, com a chegada do SAF, o torcedor alviverde voltou a sonhar com os tempos de glória, mas como explicado anteriormente, não foi isso que aconteceu.

O Gama voltou a colecionar fracassos no Candangão, correndo o risco de rebaixamento. Mas com vitórias cruciais, acabou chegando ao quadrangular semifinal, onde acabou zerado após seis jogos, com dois gols marcados e 12 sofridos.