Igor Tavernard Trindade Makita Baroboskin de apenas 16 anos é atleta de bocha paralímpica e já possui uma estante que transborda medalhas. O
jovem que sempre se interessou por esportes com bola, como futebol e vôlei encontrou no bocha uma forma de juntar o útil ao agradável. Em agosto de 2017, Igor começou a praticar o esporte no Sarah e com apenas um mês de aulas já havia ouvido que leva jeito para o esporte e poderia praticar mais para quem sabe, vir a competir futuramente.

Não deu outra, com uma quantidade maior de treinos veio sua primeira competição: o Campeonato de Bocha Adaptada da APAE. Resultado: medalha
de prata! Porém, a classificação oficial de sua categoria veio apenas em novembro, com sua participação na Primeira Copa de Bocha Paralímpica do
DF, no UniCEUB. Com um classificador oficial no local, ele foi incluído como BC1, sendo essa sua primeira competição oficial.

Pouco conhecido no Brasil, a Bocha é um esporte paralímpico. Foto: COB

CLASSIFICAÇÃO NA BOCHA

Todos os atletas de bocha competem em cadeiras de roda e são divididos em quatro classes, de acordo com o grau de deficiência e de necessidade de
auxílio. Segundo o Comitê Paralímpico Brasileiro, são elas:

  • BC1: Opção de auxílio de ajudantes (podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido);
  • BC2: Não podem receber assistência;
  • BC3: Deficiências muito severas. Usam instrumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa; e
  • BC4: Outras deficiências severas, mas que não recebem assistência.

Após sua primeira competição oficial, os treinos aumentaram ainda mais. Igor chegou a participar de campeonatos fora do DF, como o Regional em Uberlândia, em que, mesmo caindo em uma chave com atletas de 40 a 46 anos, saiu com o sétimo lugar. No meio deste ano, o atleta participou da classificatória para poder representar o Distrito Federal em sua categoria nas Paralimpíadas Escolares 2018 em São Paulo. Dos 12 atletas do Brasil inteiro na categoria BC1, ele ficou em segundo lugar. Além da medalha de prata, Igor foi informado pelo Comitê Paralímpico que havia sido convocado para treinar com a seleção brasileira no campo escolar.

Dos 900 atletas da competição, o jovem foi um dos 100 escolhidos. E não para por aí. Chegando em Brasília, o atleta participou da Segunda Copa
de Bocha Paralímpica do DF, além de mais uma medalha de prata para sua coleção, Igor foi indicado para o Prêmio Brasília Esporte 2018. Mais do que medalhas e prestígio, a conquista de Igor foi e vem sendo ainda maior. Além de uma grande melhora em sua autoestima, o atleta que é cadeirante devido a paralisia cerebral não precisa mais tomar remédios, desde março deste ano, para as dores que sentia. Isso graças ao esporte.

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