Durante a Etapa Brasília do Circuito Challenger de Voleibol, a reportagem do DF Sports encontrou nas arquibancadas, atletas da capital que investem e/ou querem investir no futuro da carreira, jogando fora do Brasil. Entre vários atletas que representam o Distrito Federal em outros países, dois atletas, buscam espaço para consolidarem o futuro no esporte, caso da levantadora Fabíola Sousa e do ponteiro Cristiano Santos.

Brilhando no feminino da Itália

Fabíola Sousa iniciou a carreira com 13 anos nas quadras do SESI, em Taguatinga. Lá, ela ficou até os 16, onde jogou na categoria júnior e mudou de escola, quando foi para o Centro Integrado de Educação Física (CIEF), no projeto “Geração Campeã”. Aos 17 anos, a atleta recebeu uma proposta e foi para a cidade de Rio Verde, no interior goiano, onde fez Educação Física e voltou para Brasília dois anos depois, brilhando nas quadras da Faculdade Católica.

A partir daí, com uma boa experiência de base, em 2009, Fabíola resolveu romper continentes, indo para o Europeu, especificamente na cidade italiana de Palmi, aonde disputou a liga C, pela equipe do Ekuba, time que conquistou o acesso e atualmente joga a série B do voleibol italiano.

Cria do DF, Fabíola se orgulha em representar a capital fora do país. Foto: arquivo pessoal

Porém, como de acordo com o regulamento italiano, onde indica que apenas um atleta de outro país pode jogar divisões superiores, a levantadora recebeu propostas de outros clubes do mundo e em 2012/2013, foi para a o Chile, adquirir experiência e jogar a Superliga A pela equipe do Providência.

Após uma temporada na América do Sul, e com mais influência no voleibol mundial, a jogadora voltou para a Itália e até hoje joga no país pela Superliga C, atualmente, em uma equipe chamada Il Podio Fasano, localizado na cidade de Puglia.

Hoje com 31 anos e de férias no Brasil, Faby aproveita o “país tropical” para além de rever amigos, disputar outros torneios e compara o nível do vôlei nos dois países. “Apesar de lá também ter uma estrutura boa, a escola do voleibol brasileiro é bem melhor. Não é atoa que é um dos melhores do mundo. Mas estou gostando muito de jogar na Itália também”, afirmou.

Após acompanhar o Challenger, em Brasília, a atleta viajou para São Paulo, onde disputará um Regional, na cidade de Mirandópolis, do dia 22 ao dia 27. Logo após, retornará para a Itália, aonde iniciará a preparação para a Liga Principal, que se inicia em outubro.

No masculino, atleta tentará o futuro no voleibol grego

Não é só no feminino que atletas candangos brilham. Na categoria masculina, crias da capital também tentarão o futuro em outros países. O ponteiro Cristiano Santos é um deles. Atualmente com 21 anos, o atleta iniciou a carreira aos 14, no projeto “Anjos do Vôlei”. Porém, com o alto desempenho nas partidas, a visibilidade começou cedo e logo aos 15 anos, Cris foi para o Paraná, aonde recebeu toda a estrutura da equipe do Caramuru Castro.

Pegando postura profissional e visibilidade no sul do país, o ponteiro embarcou para São Paulo, onde jogou na equipe do Taubaté, disputando o Juvenil e logo em seguida torneios profissionais, já tendo as grandes experiências na Superliga Masculina.

Cristiano foi um dos grandes destaques do Caramuru-PR, na última Superliga. Foto: arquivo pessoal

Na última temporada em 2017/2018, Cristiano, de volta ao Paraná, jogou sua primeira Superliga por completo mais uma vez pelo Caramuru, e encerrou a competição nacional em 9º lugar, desempenho que chamou atenção de olheiros e o fez realizar o grande sonho de sua carreira, que era sair do Brasil.

O sonho do atleta acabou sendo realizado, e ele jogará a próxima temporada na Liga A da Grécia, pelo Pamvoihakos, da cidade de Vrashat, que fica a 40 km de Atenas, capital Grega.

Pronto para embarcar, Cristiano afirma estar animado para representar o DF fora do país. “Estou bem confiante. Aqui no Brasil tive a oportunidade de jogar a Superliga Masculina ao lado de grandes jogadores, como Lucarelli, entre outros e agora, irei com essa grande bagagem para a Grécia, fazer o meu melhor”, finalizou.

Por Lucas Bolzan

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