Na noite desta quarta-feira (31), no ginásio da AsCEB (904 sul), o Universo/Caixa/Brasília recebeu o Bauru Basket para disputar sua quinta partida no Novo Basquete Brasil (NBB) 11. A equipe entrou em quadra pressionada por não ter vencido um sequer até então e novamente saiu derrotada. Contudo, os comandados de André Germano não desistiram em momento algum e lutaram até o fim. A luta brasiliense, no entanto, foi em vão. Por 113 x 105, os paulistas superaram o Universo depois de uma partida emocionante do começo ao fim e de duas prorrogações.
Partida disputada ponto a ponto
No 1º quarto as equipes vieram inspiradas. Os ataques foram lá e cá e ninguém dava sossego para o adversário. O Bauru começou abrindo o placar, mas o Brasília virou em duas cestas de Arthur. Nezinho e Zach Graham comandaram a equipe nestes 10 primeiros minutos, sendo que o primeiro era o responsável pela armação de jogadas e o último pela execução de ataques. Em relação a partidas anteriores, o time candango corrigiu consideravelmente seus erros de marcação e recomposição defensiva, que foram o ponto forte do time até ali.
No entanto, Guilherme Santos e Samuel Cézar respondiam para a equipe paulista, que dava muito trabalho para a defesa brasiliense. O Bauru trabalhou em cima dos erros dos donos da casa, que basicamente foram em rebotes de ataque mal aproveitados. O resultado veio no final do período: Bauruenses na frente por um ponto (24 x 23).
Já no 2º quarto, entrou na equipe candanga uma importante peça. Graterol, que começou no banco, já chegou mostrando serviço. O venezuelano marcou quatro pontos em menos de um minuto e impulsionou uma reação brasiliense. No entanto o Brasília perdeu qualidade com a saída de Arthur para a entrada de Pedro, que errava em muitos fundamentos básicos e facilitava os contra-ataques de Gui e Jefferson.
Novamente o Bauru aproveitou as falhas do Universo e conseguiu aumentar dois pontos na vantagem no final do período. Lucas Mariano e Guilherme Santos continuaram no comando das ações paulistanas e o escore registrava 50 x 47 para o Bauru na saída para o intervalo.
Ainda que o Brasília estivesse atrás no placar, o elenco atuava bem. Muito aguerrido e lutando por cada bola, o Universo não se deu por vencido. Rick Sánchez se postou no garrafão e corrigiu os problemas defensivos no 3º quarto. No princípio do período o Universo chegou a igualar o placar em 52 x 52, mas o Bauru novamente tomou a frente do placar e administrou a vantagem. Com isso, André Germano optou por poupar os titulares para o último e derradeiro quarto, apostando no tudo ou nada para o quarto derradeiro.
Zach Graham continuou no comando dos ataques do Brasília e Nezinho encarregado pela armação de jogadas, provando que sua pontaria está em dia, acertando a maioria de seus passes de longa distância. O Bauru, no entanto, aprendeu a jogar no erro brasiliense e continuou a administrar a ponta do placar. No final do período os paulistas estavam com 75 pontos diante dos 67 do Universo.
Tudo ou nada no último quarto
O time titular voltou para o 4º quarto na tentativa de recuperar a desvantagem. Com 3 minutos de peleja, o Brasília já havia marcado 10 x 0 com as ações de Zach, Arthur e os três pontos cruciais de Rick Sánchez, que colocaram o Brasília na frente a sete minutos do fim (77 x75). O Bauru sentiu a pressão e passou a errar cestas importantes. Jefferson e Enzo Ruíz, no entanto, ainda buscavam tomar as ações no ataque, sem sucesso.
A torcida paulista presente e o clube que eles defendiam sentiram a pressão do público brasiliense. O Universo pressionava com uma boa rotação e os últimos minutos de jogo deram mais inspiração ainda para a dupla Nezinho e Zach Graham. Este último caprichou e abusou das cestas de três pontos, o que garantia o Brasília na frente, ainda que por dados momentos a vantagem fosse de apenas um ponto.
Os últimos minutos foram de uma emoção ímpar. O Brasília liderava por 85 x 82 quando Cauê marcou três pontos e empatou para o Bauru. A essa altura, Zach estava se garantindo como cestinha da partida. Faltando 20 segundos para o fim, Nezinho sofreu falta e teve três lances livres em suas mãos. O armador não desperdiçou e colocou o Brasília na frente. Para coroar o eminente final da partida emocionante, Cauê converteu um lance livre de dois e deixou a partida em (87 x 86).
Em seguida, Arthur ampliou a vantagem do Brasília com dois lances livres convertidos a oito segundos do final, deixando o placar em 89 x 86. Porém, Jefferson empatou para o Bauru em uma belíssima cesta de três pontos e forçou a prorrogação da partida. O quarto fechou em 22 x 14 para o Brasília, mostrando uma significativa evolução da equipe.
Prorrogação
No princípio da prorrogação o Bauru dominou o Brasília. Jefferson colocou a equipe a quatro pontos de vantagem (94 x 90) com dois minutos jogados. O Brasília pecou na troca de passes, além dos rebotes perdidos e sentiu as consequências de seus erros. O mesmo camisa 11 converteu logo em seguida uma cesta de três pontos e aumentou a vantagem para sete pontos.
No entanto, nada estava perdido. Rick Sánchez e Nezinho tiraram a vantagem faltando escassos quatro segundos para o fim da partida. A cesta de Nezinho levantou a torcida do Brasília que fazia a AsCEB tremer. O resultado de 11 x 11 na prorrogação não foi por acaso. As duas equipes deixaram a última gota de suor em quadra. Uma nova prorrogação havia de ocorrer.
Pensa que acabou?
A segunda prorrogação da partida reservava mais emoções. No entanto, foi melhor para os adversários. “Novos lances, velhos problemas”, a máxima do Universo até aqui. O desperdício de cestas fáceis e praticamente certas culminavam em contra-ataques do Bauru, que não foram desperdiçados, principalmente por Jefferson, o nome da partida. Muito afiado nas cestas de três, o camisa 11 garantiu a vantagem de seis pontos (111 x 105) faltando menos de 45 segundos para o final da partida. O nervosismo subiu à cabeça do Universo e da torcida brasiliense. Assim, a equipe sentiu o peso de mais uma derrota. No final, 113 x 105 e nova derrota na conta do Universo.
Carrasco do Brasília, Jefferson foi o homem crucial do espetáculo. Com 37 pontos e 11 rebotes, caracterizando um duplo-duplo, o ala/armador foi o grande destaque dentre as peças do jogo. No Brasília, Zach Graham foi o cestinha, com 33 pontos, e o jogador com maior número de rebotes: oito no total. Nezinho efetuou nove assistências e foi o melhor da partida no quesito.
O próximo desafio do Universo/Caixa/Brasília será na sexta-feira (2/11) às 19h15, diante do Sesi/Franca, no mesmo ginásio da ASCEB.
Por Gabriel Felipe