Brasiliense da Bocha Paralímpica é pré-convocada para o Parapan na Colômbia
Érika Bernardi, 20 anos, é um dos destaques do paradesporto brasiliense. A paratleta de Sobradinho é atual medalhista de prata no Brasileiro de Jovens e pré-convocada para participar do Parapan Americano da Juventude que acontecerá na Colômbia em junho deste ano.
Érika é cadeirante desde o nascimento, nasceu prematura e com dificuldade motora. O primeiro contato com o esporte não demorou a acontecer na vida dela. “Conhecemos a bocha paralímpica há 12 anos, começou como uma distração e foi ficando mais sério”, afirmou Inês, mãe de Érika que completou dizendo que “em 2016, ela participou das Paralimpíadas Escolares em São Paulo e, a partir daí, começou a competir mais sério.”
O esporte ganhou grande importância para Érika, que deseja seguir com a carreira de paratleta. Com alguns compromissos já confirmados para a temporada 2023, como o Campeonato Regional Centro-Oeste e o Brasileiro, além de treinos com a seleção brasileira, Inês falou sobre o sentimento de Érika estar praticando o esporte.
“É um sentimento de estar colocando tudo que aprendeu e treinou. De representar uma equipe e tenta fazer o possível pra ganhar.”
Porém, os desafio são muitos para a paratleta que mora em Sobradinho e treina de segunda a sábado no Núcleo Bandeirante com outros paratletas. Inês afirma que “os desafios são muitos, desde lugar para treinar, pois treinamos em um lugar provisório com pouco espaço. Ajuda com transporte, material de jogo, pois o kit de bocha que ela utiliza é importado e o valor é em Euro. A falta de divulgação do esporte também, pois poucas pessoas sabem que a Bocha Paralímpica aqui em Brasília tem 4 paratletas pré-convocados para a Seleção Brasileira. Esses são os principais desafios de ser paratleta.” Os outros pré-convocados para a seleção são Eduardo Vasconcelos, Isabela Campos Silveira e Mariana Olímpia Silva.
“Não tenho apoio nenhum, até agora eu assumo todos os gastos.”
O sonho de alcançar ainda mais conquistas, no entanto, motiva Érika e família a seguirem se dedicando à preparação e crescimento no esporte. “Para Paris não será possível, pois ela faz parte da seleção de base. Então, tem atletas que estão no foco agora, porque o ciclo é de 4 anos de preparação e ela está começando agora. Mas, a vontade de estar lá é grande,” concluiu Inês.
