Após a não realização do Campeonato Candango de Futebol Americano de 2017, a edição de 2018 pode ter o mesmo destino. Sem um grande patrocinador, a decisão de realizar, ou não, o certame regional ficará por conta dos times. A sentença será tomada em reunião da Federação de Futebol Americano do Cerrado (FeFAC) com os times, no entanto o encontro ainda não tem data para acontecer.

Segundo o presidente da FeFAC, Diego Fernandes, o arbitral do candango 2018 de futebol americano ocorreu no final de 2017. A princípio foram definidas algumas datas para a realização do torneio, que seria disputado entre março e junho deste ano e contaria com participação de cinco times. No entanto tudo dependia de um patrocinador para o evento.

Infelizmente para os organizadores, para os times e para os fãs de futebol americano da capital, a resposta do patrocinador foi negativa. “O patrocínio acabou não saindo e então teremos a reunião para os times decidirem. Temos que ver a realidade de cada time. Se eles decidirem que vão querer o regional, a gente (FeFac) administra, organiza e corre atrás de toda a parte administrativa”, explicou o Diego.

Com isso cabe aos times arcar com os custos do torneio. E isso é um grande obstáculo uma vez que os times de futebol americano ainda são amadores e dependem, na maioria dos casos, das mensalidades paga pelos próprios atletas. Raros são os times que conseguem firmar parcerias financeiras. No entanto é válido lembrar que todas as edições anteriores do torneio foram realizadas com a verba das equipes.

A estimativa é que o custo total da competição seja em torno de R$50 a R$70 mil reais. Isso levando em consideração que o campeonato tenha cinco times e nove jogos no total, conforme o formato inicial. Entre os custos estão ambulância, segurança, brigadistas e arbitragem, por exemplo.

Posicionamento

Procurados pela reportagem do DFSports, três times já deram carta verde para a realização do campeonato. Tubarões do Cerrado, Leões de Judá e o Goiânia Rednecks estão dispostos a assumir as despesas das partidas. Inclusive o Leões afirmou que estava preparado para a eventual falta de patrocínio, que acabou se confirmando.

O Templários não tem um posicionamento definido. A equipe ainda faz o balanço dos pontos positivos e negativos sobre a participação no torneio. De um lado o presidente do Templários Leandro Hernandes sabe da importância do candangão na preparação do time. Por outro lado, ainda depende do acerto das datas dos jogos, da situação financeira da equipe e levar em consideração o possível desgaste do elenco com eventuais lesões. “Tudo isso precisa ser bem visto pelos gestores, todos nós queremos o campeonato, mas isso precisa ser feito com bastante responsabilidade” declarou Leandro.Caso não haja o torneio a tendência é que os times façam jogos amistosos como forma de preparação para o campeonato brasileiro no segundo semestre, o Brasil Futebol Americano – 1°divisão da modalidade.

V8 e Bulldogs

Brasília V8 e Santa Maria Bulldogs não demonstraram interesse em participar no campeonato desde o início das negociações. As duas equipes vão poupar energias e recursos para a Liga Nacional – segunda divisão do campeonato brasileiro.

Para o tradicional V8, campeão de 2014, os custos do campeonato pesaram na decisão “O V8 não participará esse ano, temos outras prioridades e o candango gera custos dos quais não podemos arcar no momento”, disse o presidente do time Eduardo L’Orican

Com o planejamento traçado, o Bulldogs pretende preencher o primeiro semestre com amistosos contra os futuros adversários da Liga Nacional. “Preferimos fazer jogos com equipes que irão participar do mesmo campeonato que eu no futuro do que jogar contra equipes que eu não enfrentarei mais este ano”, declarou Luciano “Nash”, presidente do time de Santa Maria.

Por Marcus Gomes

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