Apoio e reconhecimento. Essas foram as diretrizes do seminário “A Mulher no Futebol”, que aconteceu na Comissão do Esporte na Câmara Federal na última terça feira (10), contando com importantes autoridades envolvidas com o futebol e o futsal feminino no país, dentre elas, Nayeri Albuquerque, Presidente do Minas ICESP Brasília.
A audiência foi realizada após requerimento conjunto de alguns deputados da comissão que dividiram as discussões em 4 mesas temáticas: Desenvolvimento do Futebol Feminino, Futsal Feminino, Inclusão e Participação da Mulher e a Mulher Fora das Quatro Linhas.
Participante da primeira mesa de discussão, o coordenador de seleções femininas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Aurélio Cunha, falou sobre a desigualdade entre homens e mulheres no esporte. “Sempre haverá o que se cobrar. Percebo uma ansiedade muito grande para que tudo seja resolvido no mesmo momento, mas não é possível a gente dar condições iguais às do futebol masculino, que tem mais de 100 anos de história. Todas as questões ditas aqui, como o preconceito e a falta de inclusão, são realidades. Costumo dizer que aprendi a tentar mudar o presente e o futuro, mas nunca fiz curso de mudar o passado “, declarou.
Nayeri Albuquerque falou sobre o histórico vencedor da sua equipe, tanto no futebol quanto no futsal, e falou da importância do programa Compete Brasília para poder participar das competições. “Sem investimentos para as equipes, é difícil para conseguir disputar as competições, mas aqui em Brasília temos o Compete, que nos auxilia bastante e nos ajuda a conseguir disputar os jogos fora da capital. Talvez sem ele nós nem conseguiríamos fomentar o esporte feminino e valorizar nossas atletas”, afirmou.
Flávia Seifert, Gestora do Vasco da Gama explanou sobre o espaço para as mulheres na administração de futebol, e garantiu que homens e mulheres podem competir no mesmo nível de igualdade. “Mulher não precisa ser psicóloga ou nutricionista no clube de futebol. Quando ela entender que basta se capacitar profissionalmente para exercer atividades específicas nesse mercado, teremos mais mulheres no meio” explicou.