Uma das novas paixões da geração atual é o videogame. Febre para diversas idades e em diversas plataformas, muitas pessoas usam o aparelho eletrônico para a descontração. Porém, além da diversão, há aquelas pessoas que levam a “brincadeira” a sério. São os casos dos que disputam campeonatos e torneios, investindo e inclusive apostando dinheiro.

No Brasil acontece bastante tal ação. Em diversos estados e, também no Distrito Federal, a rotina dos campeonatos geram grandes jogadores para todo o país. O E-Digital, tecnicamente chamado, acaba se tornando a “vida” de muitos jogadores que se dedicam dia e noite para ser um grande nome dos games. Este é o caso de Pedro Fortunato, vice-campeão brasileiro de Pro Evolution Soccer, um dos jogos de futebol virtual mais famosos do mundo.

Com apenas 17 anos de idade e jogando videogame desde 2006, apresentado inclusive pelo irmão, o jovem garoto levou a sério a brincadeira, quando começou a participar de competições nacionais. “Na seletiva para o brasileiro de 2015, consegui chegar a final com o meu irmão e ganhamos o campeonato brasiliense. Depois fui para o brasileiro e fiquei em quinto lugar na minha primeira participação. Tudo isso é uma sensação muito boa, principalmente em estar ao lado de grandes jogadores. Agora sinto o peso no meu nome, todo mundo que quer jogar contra eu, quer me ganhar”, revelou.

Além dos jogadores locais, a capital federal também vira referência para jogadores de outros estados. Valber Lacerda, representante do Atlético-GO no E-Brasileirão, campeonato de futebol digital organizado pela CBF, joga desde 2010 e afirma que a brincadeira acabou virando profissão. “De lá para cá, tudo isso virou profissionalismo, nada de hobby. Tenho treinamento, contrato fechado e acabou virando um serviço e é muito bom jogar ao lado de jogadores de todos os estados e até países. É muito prazeroso”, afirmou.

Outro jogador que é de Brasília Kemylson Keylon. Representante do Flamengo e vice-campeão do E-brasileirão em 2016, o jovem rapaz afirma que, apesar de tudo que foi proporcionado, inclusive em poder representar um dos maiores times de futebol do país, ainda falta muito apoio, principalmente para custeio de viagens. “A gente começou brincando e tudo isso se tornou sério. Agora é se dedicar, porque tudo isso é bacana. Nem todas as viagens são custeadas, muitas saem do bolso da gente e nos afasta de muitos campeonatos, e uma das grandes dificuldades ainda é a falta de incentivo, patrocínios”, confessa.

Por trás de todo esse sucesso, há os organizadores que batalham diariamente para trazer a modalidade digital sempre ao DF. Um deles é Absalon, atual presidente da Federação de Futebol Digital do Distrito Federal. Skroll, como é apelidado, começou a organizar torneios  desde 1999, em Goiânia, mas a partir de 2014 se incorporou de vez em Brasília e agora é uma das grandes referências do E-Digital na cidade.

Toda a luta que Absalon e toda sua equipe vem tendo, está gerando resultados. “O pessoal está vendo que o E-Sport vai ser um esporte sério no futuro e não só apenas uma brincadeira. Ele é mais um que vai agregar nos esportes mundiais e tenho certeza que fazendo tudo isso, o meu maior retorno é a felicidade, porque mesmo não atingindo aquele ápice financeiro,  estamos conseguindo formar grandes projetos, sem precisar gastar tanto e ainda conseguimos atrair grandes jogadores”, concluiu.

 

Por Lucas Bolzan

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