Em busca de investimentos, GE Brazlândia migra para o modelo SAF

Foto: Reprodução/Instagram

Já confirmado na disputa do Candangão Série B e lutando por vaga nas semifinais do Candango sub-20, o Grêmio Esportivo Brazlândia vem buscando se reestruturar a fim de dar vôos mais altos no Distrito Federal. Depois de ficar marcado pela administração do icônico Moacir Ruthes, o GE Brazlândia, sob a gestão do advogado Reginaldo Bacci, sonha em trazer de volta os dias de glória da Garça Branca e dar alegrias para a sua torcida.

O primeiro passo da diretoria foi dar mais atenção ao estádio Chapadinha, espaço esportivo que foi definhando por conta da falta de investimento das administrações passadas. O clube firmou convênio com o GDF por meio do programa “Adote uma Praça” e, assim, ficou responsável pelo estádio. A atual diretoria já realizou várias melhorias no local, como troca do gramado, reformas nos vestiários, troca do sistema de irrigação, pára-raios e construção de um refeitório para atletas. Apesar do investimento, o estádio ainda não possui laudos obrigatórios por lei para receber público.

Desde que assumiu o time, a diretoria vinha trabalhando nos bastidores para mudar o modelo de gestão. E, após vários meses enfrentando trâmites burocráticos, o clube aderiu ao sistema SAF – Sociedade Anônima do Futebol. O primeiro clube do Distrito Federal a se transformar em SAF foi o Gama. Mas, no Periquito, a mudança do modelo de gestão não foi bem sucedida, e o clube acabou voltando ao sistema antigo (Sociedade Esportiva).

Ao contrário do que ocorreu com outras equipes que aderiram ao SAF, o GE Brazlândia não foi “arrematado por um Mecenas”, a exemplo de Botafogo-RJ (John Textor) e Cruzeiro-MG (Ronaldo Nazário). Segundo o presidente Reginaldo Bacci, o clube segue sob sua administração, mas seguindo a legislação: “Sou o sócio majoritário do GEB SAF com 90% e meu filho Reginaldo Bacci Acunha Junior com 10%. Muda o modelo de gestão: agora temos um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e uma Diretoria. Toda a contabilidade do clube precisa ser publicizada, o que dará maior transparência na gestão”.

Como integrante do modelo SAF, o clube poderá ser gerido como uma empresa e receber incentivos fiscais e judiciais, como a possibilidade de parcelar as dívidas por até 20 anos e ter todas as ações judiciais encaminhadas para uma vara específica. Mas, segundo o dirigente, um dos motivos da mudança de modelo de gestão foi a possibilidade de receber investimentos: “Acredito que o modelo tributário é favorável em relação aos clubes empresas com estrutura de sociedade limitada. Favorece a chegada de investidores. Lembrando que o GEB SAF tem todas as certidões negativas, inclusive, trabalhista”.

Atual líder do grupo A5 da Série D, o Ceilândia cogitou migrar para o modelo SAF também, mas ao que parece a iniciativa não prosperou. Até hoje, o Ceilândia segue os mesmos moldes de quando foi criado em 1979 (Clube Esportivo).

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