Com a recente ascensão de jovens técnicos no futebol brasileiro, ainda que a passos curtos, nota-se uma sólida renovação na profissão de treinador e todas as suas vertentes como auxiliar técnico e até analista de desempenho. Nomes como Jair Ventura, Alberto Valentim, Maurício Barbieri e o mais recente Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro com o Fortaleza-CE e ídolo do São Paulo-SP, Rogério Ceni, são exemplos efetivos de que os mais jovens têm buscado desenvolver suas carreiras no comando de uma equipe de futebol na beira do gramado.

Aqui no DF, um exemplo que está em evidência é o jovem treinador Hugo Almeida, de apenas 24 anos. Campeão da Segunda Divisão brasiliense pelo Capital em 2018, Hugo terá a primeira experiência como treinador de sua carreira na elite de uma competição em 2019, no comando do mesmo Capital no Candangão. 

Mas não é só Hugo Almeida que está dedicando rotinas de estudos para crescer na função de treinador de futebol. O jovem Rafael Toledo, de 38 anos, que coleciona passagens como jogador por diversos clubes do Distrito Federal, foi convidado a tirar a Licença Pro da CBF Academy, na Granja Comary, no mês de dezembro. Rafael já possui as Licenças A e B e agora fará um novo curso no intuito de chegar ao patamar mais alto de treinadores brasileiros academicamente qualificados. 

O treinador, como a maioria dos colegas de trabalho, iniciou sua carreira como atleta. Com passagens por grandes clubes como Grêmio-RS, Bahia-BA, Criciúma-SC, Guarani-SP, Portuguesa-SP e Juventude-RS, Rafael consolidou seu nome no futebol brasiliense onde passou por Gama, Brasiliense, Cruzeiro, Luziânia e Capital, onde encerrou sua carreira em abril de 2014. Em dezembro do mesmo ano, Rafael iniciou sua carreira na beira do gramado, no qual integrou a comissão técnica do Brasiliense. Na ocasião, Rafael estreou como assistente de Jonhes Santos e, logo após a saída do treinador, em 2015 na disputa do Candangão daquele ano, Rafael assumiu o posto de treinador, onde a equipe caiu nas semifinais para o rival Gama, campeão daquela edição. 

Em 2016, Rafael novamente atuou como assistente de Jonhes, mas pelo Atlético Taguatinga. Ao fim da 1ª fase da competição, Rafael retornou ao Jacaré para ser assistente de Luiz Carlos Souza. Quando este saiu, em 2017, Rafael já estava mais que preparado para o cargo e assumiu novamente o posto de treinador do Jacaré, onde conquistou seu primeiro título na função, derrotando o Ceilândia na grande decisão. Em 2018, Rafael seguiu no clube até meados de fevereiro, onde optou por rescindir o contrato.

 

Estudos e crescimento profissional

 Durante o tempo de experiência como treinador e assistente, Rafael esteve sempre em busca de elevar seu conhecimento através dos estudos. Em 2015, ano de seu primeiro trabalho com treinador, Rafael concluiu o Licença B e no ano seguinte, quando foi assistente de Jonhes e Luiz Carlos (Atlético Taguatinga e Brasiliense, respectivamente), Rafael concluiu o Licença A, o que elevou o patamar do jovem treinador que chegou a conquista do Candangão no ano seguinte. Agora seu objetivo é a Licença Pro. 

Em conversa com o DF Sports, Rafael conta que compreender a mente e a rotina de um atleta profissional colabora para o desejo de seguir carreira como treinador: “Entender como funciona a cabeça de um atleta no seu dia a dia me deu um norte para saber como tratá-los e tirar o melhor deles” Explica. Além disso, Rafael falou sobre os cursos que já fez: “Estou mantendo uma sequência nesses cursos, essas Licenças da CBF e Conmebol, para poder atuar no Brasil e fora dele. E há também a sequência da carreira, credenciamento, como toda profissão que tem suas valências para poder trabalhar.” Pondera 

Rafael comentou sobre a importância da importância de representar o futebol brasiliense: “Estou feliz por representar Brasília e de poder trazer para o Distrito Federal algo bom com este curso, assim como eu venho fazendo. Mas poder trazer mais coisas pra cá e representar o nosso estado com muita honra no curso”. Sobre a importância da Licença para a sua carreira em si, Rafael cita o engrandecimento do currículo como profissional: “O curso representa estar no nível mais alto entre os treinadores nacionais. Tite deve ser aluno e instrutor também. O curso é muito rico em informações e, uma vez adquirida a licença, tem um peso muito grande na hora da escolha do clube por um treinador. Não é um fator preponderante mas ajuda. A busca por conhecimento é uma situação bem particular e foi o caminho que escolhi. Espero que surta efeitos.” Conta.

 Por enquanto, Rafael segue sem clube. Apesar de seu nome seguir repleto de especulações de acerto, ele ainda segue em busca de um novo projeto, portanto, ainda é cedo para falar em um novo trabalho no comando de algum clube até que se defina algo concretamente. O curso Licença Pro é lecionado pela CBF Academy na Granja Comary e será executado em dois módulos: 10 dias em dezembro de 2018 e outros 10 dias em dezembro de 2019. O primeiro módulo tem início dia 04 de dezembro deste ano e perdura até o dia 14.

Por Gabriel Felipe

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