O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), manteve recomendação que proibia a participação de representantes da torcida Facção, do Brasiliense, nos estádios do DF. Desta forma, a principal organizada do Jacaré ficará afastada das arenas por, no mínimo, um ano.
A recomendação de afastamento da Facção é de janeiro. Em abril, membros da organizada apresentaram cadastro de 183 integrantes ao MPDFT e obtiveram autorização para frequentar os estádios de novo. No entanto, esse direito foi perdido após o vandalismo generalizado protagonizado no último domingo (23).

A decisão foi tomada na última terça-feira (25), em reunião da Comissão de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios do MPDFT, composta pelo procurador distrital dos Direitos do Cidadão, Eduardo Sabo, e pelos promotores de Justiça Paulo Binicheski e Bruno Vergini.
A confusão
Após o Brasiliense ser eliminado na bola pelo Vitória-ES em pleno Serejão, a torcida decidiu quebrar tudo em protesto contra o time e a diretoria. Membros da Facção violaram um alambrado e invadiram a área destinada aos diretores, onde também ficam os profissionais da imprensa.
A partir daí, o que se viu foram paus, pedras e outros objetos arremessados, pessoas amedrontadas correndo dos vândalos, vidraças e janelas de carro quebradas… Um repórter cinematográfico da TV Globo teve um saco de lixo jogado em sua direção. Em imagens de TV, é possível ver o volante Gabriel Arantes correndo com o filho no colo para fugir da confusão;
O Ministério Público pediu à Rede Globo de Televisão a cópia integral das filmagens realizadas no local do evento para identificar os autores e aplicar medidas preventivas para que os episódios de violência não se repitam.
Com a punição, o Brasiliense disputará a Copa Verde sem a principal torcida organizada do clube na arquibancada. O time estreia na competição daqui a um mês, contra o próprio Vitória-ES, que eliminou o Jacaré da Série D no último domingo.