Por Rafael Moura

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou os nomes dos atletas que estarão no Mundial de Atletismo em Dubai, nos Emirados Árabes, de 7 a 15 de novembro. Dois filhos adotivos do Distrito Federal, que escolheram a capital para viver, estão na seleta relação de 43 nomes que participarão da principal competição da modalidade nesta temporada: Ariosvaldo da Silva, o Parré (foto em destaque), e Rayane da Silva.

Rayane da Silva veio para o Distrito Federal há 16 anos para morar com o pai. A atleta, que deixou o Maranhão, mora na Samambaia e ama a cidade. Rayane não enxerga pelo olho esquerdo e tem menos de 50% da visão do olho direito. O atletismo é uma novidade já que ela começou no esporte há três anos e tem se saído muito com reais possibilidade de estar nos Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2020.

Nos Jogos Parapan-Americanos, disputados entre agosto e setembro, a “candanga” faturou a medalha de prata nos 100m, classe T13. E para a estreia em mundiais, ela tem um único objetivo que é fazer os índices para Tóquio. “Minhas expectativas são as melhores, vou competir nos 110m, 200m e 400m. Estou muito perto de fazer as marcas para o Japão e vou voltar para o Brasil com eles”, afirmou.

Rayane é moradora da região administrativa de Samambaia. Foto: Douglas Magno/EXEMPLUS/CPB

Ao contrário de Rayane, Parré já é experiente nas pistas de atletismo. Ele coleciona medalhas em competições internacionais. Em Jogos Parapan-Americanos são dez medalhas, sendo seis ouros e quatro pratas. Em mundiais, Parré conquistou um bronze em Lyon, na França, em 2013.

Ariosvaldo, que é natural da Paraíba, veio para o Distrito Federal ainda criança para tratar da paralisia infantil. Conheceu o atletismo na adolescência, quando ainda morava em Planaltina-DF. Hoje, aos 43, ele reside na Ceilândia e segue focado no alto rendimento.

“Eu me considero um filho de Brasília. Estou muito confiante para brigar nas provas dos 100m e dos 400m. Principalmente a mais longa, sei que ela está cada vez mais competitiva, mas estou bem e confiante”, ressaltou.

Na última edição do Mundial de Atletismo, o Brasil ficou na nona posição, com oito medalhas de ouro, sete de prata e seis de bronze.

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