Após o desabafo de Paulo Renê e toda a situação envolvida relacionada ao Paracatu, desde a véspera da derrota para o Brasiliense por 2 a 0, no último sábado, divulgado inclusive com exclusividade pelo DF Sports, a comissão técnica, representada por Gauchinho, resolveu dar a sua versão sobre o que aconteceu.

Em contato exclusivo com a reportagem do DF Sports, o comandante da Águia do Noroeste, explicou detalhadamente os fatores que aconteceram para que Paulo Renê fosse barrado do duelo de ida das quartas de final. “Os problemas começaram no jogo contra o Brasiliense, naquele 0x0. Na véspera, fomos viajar e o Paulo Renê não se apresentou para a viagem, criando uma confusão com a estrutura, alimentação e outras coisas nos alojamentos dos atletas, atrasando o deslocamento em quase duas horas. Os atletas inclusive chegaram a ficar 40 minutos no ônibus, com o ar ligado, esperando por ele. Criamos toda uma situação, mas ele viajou conosco. Porém, minutos antes do jogo, ele já teve problema de confronto criando uma situação desagradável dentro da equipe”, explicou.

Na rodada seguinte, onde o Paracatu acabou sendo goleado por 3 a 0 para o Ceilândia, a situação já não estava agradável por conta do resultado dentro de campo, mas, de acordo com o treinador, o clima com o atacante já não estava bem. “Quatro dias depois, no jogo que perdemos para o Ceilândia, tudo se estourou de uma vez e o grupo virou totalmente contra ele. Chegamos a ter uma reunião e ele pediu desculpas, mas foi um tipo de desculpa que não fez ele mudar a conduta dele. Sempre quando viajávamos para Brasília, ele faltava o treino na concentração, chegava atrasado, criando uma série de fatores que fez o grupo ficar contra ele”, desabafou.

No último jogo da primeira fase, onde a Águia venceu o Paranoá, jogando em casa, acabou sendo o estopim para que todos os companheiros ficassem contra o artilheiro da competição, de acordo com o treinador. Diante da situação, tudo foi passado para que a diretoria tomasse as possíveis atitudes. “Já no jogo contra o Paranoá, tudo acabou virando a gota d’água. Ele mais uma vez se desentendeu com companheiros e dentro de campo e ao ser substituído, desrespeitou a comissão técnica e o companheiro que saiu, ignorando-o na beira do campo. Passei toda a situação que inclusive o grupo me passou, de que não trabalharia mais com ele, e passei para a diretoria que acabou tomando as atitudes cabíveis. Tivemos que analisar muito, pois os problemas já vinham de muito tempo”, ponderou.

No desabafo de Paulo Renê à reportagem do DF Sports, o jogador alega que estava com dois meses de salários atrasados e sem alimentação dentro da equipe. Gauchinho, por vez, discordou e afirmou que a equipe está recebendo tudo em dia e com a alimentação adequada para os jogos. “Nunca faltou comida, porque sou o primeiro que briga por essas coisas, pois estou sempre do lado dos atletas. Nunca faltou nada. O clube passa por dificuldades financeiras como qualquer clube pequeno, só que hoje o clube está devendo apenas o salário de fevereiro, ou seja, 10 dias atrasado apenas. Todos nós recebemos o de janeiro. Estamos agora na expectativa de receber o de fevereiro e o de março, já que estamos próximos de virar o mês. Estamos com alguns dias de salário atrasado, mas nunca faltou estrutura aqui”, concluiu.

Apesar da situação extra-campo que aconteceu nos últimos dias, a equipe se prepara para o duelo de volta das quartas de final contra o Brasiliense, na próxima quarta-feira (21), às 15h30, no estádio Abadião, em Ceilândia. Como perdeu o jogo de ida por 2 a 0, o time mineiro deverá fazer três gols de diferença para conseguir se classificar às semifinais do Candangão 2018.

DF Sports

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