Gilson Somália, aquele mesmo, com passagens por Brasiliense, Taguatinga, Cruzeiro, Bolamense, Brazlândia, Legião e Paranoá conversou um pouco com o DF Sports e contou como está sendo sua passagem pelo futebol de Portugal e lembrou de sua história no Candangão. “Me adaptei muito bem, a acolhida foi ótima. Sinto falta, sim, de jogar aí em Brasília e disputar o Candangão. Sempre que posso acompanho pela internet”, contou o zagueiro de 30 anos.
O Alcaçovense, atual clube do zagueirão, disputa apenas dois Campeonatos nesta temporada 2018/19. Tem a quarta melhor defesa e é o oitavo colocado da AF Évora Divisão de Elite 2018/19, uma espécie de estadual prolongado, onde o campeão se classifica para a terceira divisão nacional. O outro torneio é a Taça AF Évora, onde o clube de Somália caiu nas oitavas de final. “Nós estamos em oitavo, temos uma equipe muito boa. Primeiro turno não foi dos melhores, mas creio que no segundo a gente tem tudo pra melhorar na classificação e terminar bem”, acredita Gilson.
Somália se transferiu do Cruzeiro-DF para o Alcaçovense com ajuda do Grupo ALK, que intermediou a negociação com o time português. “A ALK teve o contato com o treinador daqui e com a diretoria, mostraram meu DVD. Eles estavam precisando de um zagueiro e acabou dando tudo certo. Vontade dos dois lados e eu acabei vindo”, explica o brasileiro.
Quando perguntado sobre a diferença do futebol jogado em Brasília para o de Portugal, Gilson cita as táticas e espaços em campo. “Aqui é bem diferente, exige-se muito mais taticamente e fisicamente. Não tem espaço para pensar a jogada, é bem estilo europeu mesmo. Muito diferente de Brasília. Fora me adaptei bem, mas dentro das 4 linhas, sofri. É muito mais rápido, tive que entender as táticas, estou há 6 meses e já melhorei”, declara o zagueiro que rodou por diversos times na capital.
Aos 30 anos de idade e muito rodado, Somália não esquece a boa fase na segundona de Brasília. “Por mais que eu esteja com 30 anos eu não espero parar tão cedo. Não penso em retornar ao Brasil, espero fazer uma carreira aqui. Mas se fosse pra escolher um time pra voltar seria o Brasiliense, fiquei três anos lá e aprendi a amar o futebol”, conta o zagueiro que também assumiu seu clube de coração. “Eu sou corintiano, mas em Brasília sou Brasiliense”, assumiu.
Após negar que voltaria ao Brasil, o jogador confessou que recebeu sondagens, mas quer esperar o término da temporada européia. “Recebi sondagens de times de 3°divisão de Portugal. Mas quero terminar a época aqui no clube que me abriu as portas, nada mais justo que cumprir com o combinado”, explicou Somália.
Por João Romariz