Já não é novidade para ninguém que o Brasil é o país do futebol. Mas não é só os boleiros brasileiros com Neymar, Coutinho e Gabriel Jesus, que fazem sucesso no exterior. Nos últimos anos, o jiu-jitsu tem exportado milhares de lutadores mundo a fora, principalmente ao país mais poderoso do planeta. Muitos guerreiros brasileiros arrumam as malas e vão tentar a vida nos Estados Unidos, em busca do sonho de viver da luta e ter uma valorização, algo raro no Brasil.

O brasiliense Filipe Matos não ficou de fora dessa realidade. Há um ano ele teve a oportunidade de ir morar e treinar na terra do tio Sam a convite de um amigo: “Eu cheguei aqui em fevereiro de 2018 a convite do meu amigo Amadeu e Rafael “Barata” para intensificar meus treinamentos em prol do Mundial de Jiu-jitsu, maior evento do esporte, realizado no estado da Califórnia, onde lutei”, disse o atleta.

A princípio, a ideia era apenas lutar o mundial, mas como a vida é uma caixinha de surpresas, as portas se abriram para o faixa-marrom ficar de uma vez: “ O professor Barata tinha ido ao Brasil em dezembro de 2017, antes da luta dele pelo ACB. Como temos mais ou menos a mesma altura e peso, eu fui um dos principais sparring dele na preparação para a luta. Então a nossa amizade se fortaleceu e surgiu o convite de vir para cá”, contou o lutador.

O atleta da equipe Gracie Barra já vem conquistando o seu lugar e fazendo bonito. Dentre os títulos conquistados em solo norte-americano, o brasiliense foi campeão do IBJJF Denver Open, Albuquerque Graple Fest, terceiro lugar IBJJF Pan americano Nogi e Austin open, além de ser vice campeão do NAGA.

O jovem faixa-marrom também realizou o sonho de muitos amantes do mundo das artes marciais. Ele participou do período de preparação para a luta de nada mais, nada menos que Jon Jones, considerado por muitos o maior lutador de MMA da história: “ O Turson é treinador de jiu-jitsu da equipe  Jackson´s MMA, que tem  vários atletas do UFC.  Entre eles está o Jon Jones, que pude conhecer e ter a honra ensinar algumas posições. Um sonho realizado”, contou.

Hoje, o lutador pode fazer tudo o que mais ama: treinar e lutar Jiu-Jitsu. Ele reconhece que no Brasil as chances de viver do esporte são bastantes limitadas: “ A cultura aqui é bem é diferente do nosso país. O esporte é valorizado, graças a Deus hoje é possível viver bem do jiu-jitsu com dignidade. Ter seu carro, casa e pagar as contas através da luta é gratificante”, ressaltou Filipe.

Atualmente, Filipe é atleta da Gracie Barra em Southlake no estado do Texas. A rotina é puxada entre aulas e treinos, mas mesmo distante da família e amigos, o lutador não pretende voltar a morar no Brasil: “ Ir ao Brasil agora é apenas para visitar. Meu foco hoje é me consolidar aqui na América”. 

Para isso, seus alvos e metas já estão traçados: “ Meu maior sonho é lutar o máximo que eu  puder, ganhar grandes eventos e um dia ter minha própria academia. Também quero poder ajudar atletas brasileiros a virem morar e lutar nos Estados Unidos”, finalizou.


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