Memórias do Candangão: Relembre quem são os maiores campeões do DF

Chegando na sua 48ª edição em sua história, o Candangão reúne e já reuniu jogadores que colecionam diversos títulos. Poderíamos elencar diversos jogadores que somam diversas conquistas na capital federal e que fizeram história nos gramados brasilienses já que tivemos 22 equipes diferentes levantando o tão desejado troféu.
Para compactar a lista de jogadores que mais tiveram a honra de ser campeão candango, destacamos os dois maiores campeões da história e os dois maiores que estão em atividade e irão disputar a atual edição do Candangão BRB 2023, mas também preparamos a lista detalhada dos jogadores que tem até cinco títulos.
Coincidentemente, tanto os recordistas de campeonatos no geral, quanto os que ainda estão em atualidade detém o mesmo número de títulos alcançados. Confira quem são os dois maiores campeões aposentados e os dois maiores em atividade:
Rodriguinho – 12 títulos

Um dos melhores jogadores do futebol brasiliense na década, Rodriguinho (foto acima) fez história no DF e é o dono do trono de maior campeão que muito dificilmente o será tirado. O meio-campista disputou 16 campeonatos e estava no time vencedor em 12, algo extraordinário. Foram seis títulos pelo Gama (1998, 1999, 2000, 2001 e 2003), quatro pelo Brasiliense (2005, 2006, 2008 e 2009), e dois pelo Luziânia (2014 e 2016).
“Eu sou muito grato a Deus, aos meus companheiros e as equipes, as quais me deram a oportunidade de participar. Sempre me dediquei a isso e Deus me glorificou com a oportunidade de ser o maior detentor de títulos do DF e também do país. Há uma pesquisa sendo feita que mostra que estou entre os três maiores do Brasil pois tive chance de ganhar estaduais fora do país pelo Paysandu, Santos-AP e Sampaio Corrêa”.
Apesar de passagem pelo Brasiliense, Rodriguinho é um dos maiores ídolos da torcida alviverde colecionando feitos individuais que ainda estão vivos dentro da cabeça da torcida gamense: maior artilheiro da década de 2000 pelo Gama, maior detentor de títulos na história do Gama e o segundo maior artilheiro da história do Gama.
Rodriguinho também atuou no DF por Ceilândia e Samambaia, além de ter se aventurado no futebol iraniano e libanês. Após o fim da carreira em 2017, foi auxiliar técnico no Ceilândia e também no Brasiliense e retornou ao futebol em 2022 como coordenador técnico do Gama. Em 2023, Rodriguinho irá alçar um novo voo na sua trajetória, dessa vez como comentarista do Candangão na TV Cultura.
Deda – 11 títulos

O histórico volante Deda marcou seu nome nos anais do Candangão com um aproveitamento de quase 100% de títulos em competições disputadas. O histórico jogador que começou sua carreira no Gama, conquistou o campeonato 11 em 13 temporadas disputadas no DF. Foram cinco títulos pelo Gama (1995, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001 e 2003) e quatro pelo Brasiliense (2004, 2005, 2006 e 2011).
Seu companheiro no Gama e no Brasiliense, Rodriguinho ganhou sete títulos jogando junto ao lado do volante que disputou o feito de ser o maior campeão do DF ponto a ponto com o meia. Deda foi por dez anos o jogador com mais títulos, até ser alcançado pelo meia em 2014 e ser ultrapassado em 2016.
“Graças a Deus eu fui muito feliz no DF. Além desses títulos, tive acesso da Série C pra B pelo Gama, além de títulos da Série B por Gama e Brasiliense. Eu me mudei para São Paulo e tive bastante êxito, tendo cinco acessos seguidos entre as divisões A2 e A3 do Campeonato Paulista. Consegui jogar A1 do Paulista com 40 anos de idade e no mesmo ano de 2016 joguei a última divisão conseguindo mais um acesso. Fui muito feliz jogando em equipes centenárias”.
Além de ter marcado época em Brasiliense e Gama, Deda atuou em diversos clubes paulistas como Ponte Preta, Marília, Novorizontino e se aposentou no Noroeste, onde assumiu cargo de diretor técnico em 2019, onde está até hoje.
Modesto, Deda disse que não sabia dos seus números até ver uma matéria da ESPN que o deixou interado sobre o assunto. O jogador falou também da sua amizade de longa data com Rodriguinho e uma coincidência entre os dois. “Somos amigos mesmo de verdade, inclusive temos a particularidade de fazer aniversário no mesmo dia. Conheço o Rodriguinho desde que ele era garoto quando ele subiu na base do Gama. É mais difícil ganhar títulos por equipes diferentes equipes que não tem a tradição de Brasiliense e Gama, então eu acho que o Rodriguinho leva vantagem nisso”, disse Deda.
Aldo e Edmar Sucuri – 5 títulos
Dois dos grandes jogadores com destaque no futebol local no início da década passada, o goleiro Edmar Sucuri e Aldo tiveram a mesma trajetória na carreira jogando no DF e conquistaram o mesmo número de títulos: cinco. Os dois primeiros títulos vieram no histórico bicampeonato do Luziânia em 2014 e 2016, onde os dois foram um dos principais destaques do time.
O desempenho da dupla trouxe interesse do Brasiliense que acertou com os dois para 2017, quando conquistaram o primeiro Campeonato, mas sem muito protagonismo. Em 2021 e 2022 foram responsáveis diretamente por tirar o Brasiliense do jejum de quatro anos sem títulos, quando foram eleitos os melhores de suas posições.
Sucuri teve início na sua carreira profissional no Luziânia e foi emprestado em 2012 para o Ceilândia em disputa da Série D. Após passagem pelo Caldas Novas, foi emprestado ao Atlético-GO, passou também por Palmas e Fast Clube-AM. Em 2017, não atuou no Candangão, mas em 2018 assumiu a titularidade que ele detém até hoje.

“A importância dessa marca é muito grande, a gente trabalha firme para ter esses resultados e sermos campeões sempre. Estamos buscando sempre ajudar o clube e graças a Deus fico feliz com a marca, mas a gente não pode parar por aí. Pedir a Deus que Deus nos abençoe e nos proteja para que possamos sair campeões de mais um Candangão”.
O volante Aldo foi revelado no Cruzeiro e passou por times de expressão como América-MG e Grêmio. Chegou ao futebol brasiliense em 2014 e além de jogar no Luziânia, também jogou no Caldas Novas por três vezes. Após chegar no Brasiliense em 2017, foi emprestado ao Fortaleza e no ano seguinte para o Boa Esporte. Jogou também a Segundinha pelo Samambaia, onde foi campeão.

O jogador do Jacaré falou da sua marca de cinco títulos e também da preparação para o Candangão. “É muito importante e graças a Deus tenho a oportunidade de disputar mais um Candangão. Fico feliz em dar continuidade no trabalho e a responsabilidade só aumenta. Temos nos preparado bastante para esse início de campeonato, onde terão jogos muito difíceis. Vamos entrar bastante preparados com nosso objetivo que é ser campeão”, pontuou.
Confira a lista completa dos maiores campeões:
11 títulos
- Deda e Rodriguinho
9 títulos
- Jonas Foca – 1971: Colombo // 1976 a 1978, 1980, 1982 a 1984 e 1987: Brasília;
8 títulos
- Jairo – 1995, 1997, 1998, 2000 e 2003: Gama // 2004 a 2006: Brasiliense;
- Rochinha – 1994, 1995, 1997, 1998, 2000 e 2003: Gama // 2004 e 2005: Brasiliense;
6 títulos
- Adriano – 1992 e 1993: Taguatinga // 1997 a 2000: Gama;
- Déo – 1976 a 1978, 1980 e 1983: Brasília // 1988: Tiradentes;
- Gerson – 1994, 1995, 1998, 2000 e 2001: Gama // 2004: Brasiliense;
- Iranildo – 2005, 2006, 2008, 2009, 2011 e 2013: Brasiliense;
- Kabila – 1997 a 2001 Gama // 2002: CFZ;
- Marco Antônio Thimótheo – 1980, 1982 a 1984 e 1987: Brasília // 1988: Tiradentes;
- Odair Galletti – 1971: Colombo // 1973: CEUB; 1976 e 1978: Brasília // 1979: Gama // 1981: Taguatinga;
- Padovani – 2003: Gama // 2004 a 2008: Brasiliense;
- Raimundinho – 1960 a 1962: Defelê // 1963: Cruzeiro do Sul // 1964 e 1965: Rabello;
- Romualdo- 1995, 1997 a 2000 e 2003: Gama;
5 títulos
- Aldo e Edmar Sucuri – 2014 e 2016: Luziânia // 2017, 2021 e 2022: Brasiliense;
- Abimael – 2000, 2001 e 2003: Gama // 2004 e 2005: Brasiliense;
- Allann Delon – 2006, 2007 e 2009: Brasiliense // 2010 e 2012: Ceilândia;
- Chaguinha – 1990, 1994, 1995, 1997 e 1998: Gama;
- Coquinho – 2006 a 2009 e 2011: Brasiliense;
- Ely – 1960 a 1962: Defelê // 1964: Rabello // 1966: Guanabara;
- Gilson Irmer – 1989 e 1991 a 1993: Taguatinga // 1996: Guará;
- Invasão – 1961 e 1962: Defelê // 1965 e 1966: Rabello // 1968: Defelê;
- Júlio César – 1989 e 1991 a 1993: Taguatinga // 1996: Guará;
- Maninho – 1997 a 2001: Gama;
- Mello – 1963: Cruzeiro // 1964 a 1967: Rabello;
- Nen – 1998 a 2001 e 2003: Gama;
- Patrick – 2007 a 2009, 2011 e 2017: Brasiliense;
- Ramiro – 1960 a 1962: Defelê // 1964: Rabello // 1968: Defelê;
- Rogerinho – 1989, 1991, 1992 e 1993: Taguatinga // 1996: Guará;
- Zinha – 1990: Gama // 1991 a 1993: Taguatinga // 1996: Guará;
Fonte: Almanaque do Futebol Candango