Atual campeão candango, o Sobradinho sofreu na pele as dificuldades de conseguir mandar os jogos no seu estádio – Augustinho Lima. Inaugurado em 1978, a praça esportiva localizada em área nobre da cidade sofreu há menos de um ano uma reforma no gramado que deixou o campo em condições de sediar jogos.

Porém, para poder conseguir os laudos a fim de que o estádio pudesse receber público, o presidente Washington Borges teve que bancar do próprio bolso, as reformas solicitadas pelos órgãos de fiscalização: “Para eu abrir o estádio Augustinho Lima eu utilizei dinheiro do meu próprio bolso. Tive que gastar em um plano PDA (Plano de Dados Abertos) que não tinha e custou um absurdo. Gastei R$ 40 mil porque a empresa era minha e ficou mais barato. Meus engenheiros e técnicos que foram lá (no estádio), não teve custo de mão de obra. Teve equipamentos.

O dirigente está pessimista com o atual cenário do Governo. Ele teme que provavelmente terá que refazer tudo de novo para conseguir os laudos novamente. Lembrando que além do Campeonato Candango, o Leão da Serra ainda disputará Copa do Brasil, Copa Verde e Série D: “Tem que refazer tudo novamente. Porque nego acaba com tudo. E até mais, porque tem vestiários, iluminação. Um problema sério que tem lá, iluminação nós não temos “disse.

Washington apelou até mesmo para o Governador Rodrigo Rollemberg para que o Estádio passasse a ser administrado pelo Sobradinho EC, mas não foi atendido: “Sim, eu tive uma conversa com o Apolinário (Rebello, Secretário de Relações Institucionais), que é do gabinete do Governador, falei há algum tempo atrás sobre esse assunto. No dia da inauguração do Caveirão lá em Sobradinho, eu me encontrei com o (Rodrigo) Rollemberg. E falei “Rollemberg, você tem a chance de passar a administração destes estádios para os clubes da cidades. Porque vocês não fazem isso? Façam uma PPP (Parceria Público Privada) ou outro modelo que você achar melhor, mas que saia da administração de vocês porque eles não têm competência para administrar isso?”  E não tem mesmo, tá provando que não tem. Falta boa vontade dos órgãos competentes para que liberem as coisas, porque inclusive vem bombeiro, vem polícia, vem a parte de gramado que requer pessoal da administração e por aí afora. Ou seja, tudo o que você faz o ano inteiro, que foi o que fiz nesse ano foi tudo desfeito. Quando eu fiz tudo isso, me deram três ou quatro meses de licença para meus jogos acontecerem, mais nada”.

O dirigente do Leão admite que é possível que o Sobradinho administre o estádio sem que haja prejuízo para a população: “Sim, até porque o nosso (estádio) é bem diferenciado nisso. Porque lá eu tenho uma pista de atletismo, e o Cássio que é o nosso campeão de Brasília que usa a nossa pista com o pai dele que é professor. Ocupa a pista inclusive para isso. é questão só de organizar, estabelecer regras porque tudo tem que ter regras. Senão fica tudo a Deus dará, cada um chega e vai querer fazer uma “peladinha”. Que nem no estádio Mané Garrincha, um estádio daqueles sendo usado para peladas de várzea, isso é um absurdo”.

Na próxima reportagem, mostraremos o esforço que os dirigentes do Taguatinga Esporte Clube estão fazendo para a liberação do estádio Serejão.

Por Marcelo Gonçalo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *