O Capital se apresentou no início desta semana visando a temporada 2020. E o DF Sports+ teve a oportunidade de conversar com o presidente do clube Godofredo Gonçalves, a fim de fazer uma avaliação da gestão de seu primeiro ano à frente da Coruja. Embora o objetivo principal não tenha sido alcançado (título), o Capital fez uma campanha consistente e não correu riscos de rebaixamento. Acompanhe abaixo:
Avaliação
“Este primeiro ano foi um ano de muito aprendizado, aprendizado bom e bem rápido. A gente viu o que foi feito de bom neste candangão de 2019 e o que não foi tão bom a gente identificou para otimizar. Este planejamento (2020) nós iniciamos em julho, para agosto já olhar plantel. Então desde lá a gente começou o planejamento para quê? Com o objetivo do título, com o objetivo de estar na final e a gente ter calendário. A gente quer sim estar numa série D e tentar subir (de divisão), a gente quer estar numa Copa do Brasil, Copa Verde, e o grande objetivo é este. O elenco foi montado peça a peça, pessoa por pessoa, posição por posição. Para termos um elenco equilibrado, temos muitos jovens e alguns mais experientes também para poder dar esse equilíbrio. Aqueles que querem mostrar o seu valor, a gente buscou muito isso. Então, a gente tem algumas peças de 22, 23 anos que a gente sabe que tem potencial, que quer colocar o título do candangão no currículo, e foi isso que a gente buscou na hora de montar o elenco.”
Mané Garrincha e marketing
“A gente quer envolver todo o Distrito Federal. E como o time da capital, nós temos que mandar os jogos no Mané Garrincha, o Estádio Nacional. O pessoal que assumiu lá a concessão, aliás até um agradecimento ao Richard , presidente do consórcio, foi muito receptivo, eles vêem o futebol com um potencial muito grande assim como o Distrito Federal e renovamos a nossa parceria. Esse ano mandamos jogos lá e vamos continuar mandando no ano que vem. A parte do marketing vai ser sempre explorada, porque é uma forma de levar o nosso entretenimento ao nosso torcedor. Então, as ações de intervalo, as ações das escolinhas, tudo isso a gente vai manter para levar o morador do Distrito Federal de volta para o estádio, agregar público. Graças à Deus esse ano a gente não teve nenhum jogo com menos de mil torcedores. É muito ou é pouco? Pra gente é muito, é o primeiro ano do Capital na primeira divisão (esquecendo a passagem da Coruja em 2006, 2013 e 2014), e nas quartas de final, entre todos nós fomos o que tivemos o maior público, mais de 4 mil pessoas no estádio. A gente espera bater e muito essa meta esse ano levando sim, o torcedor de volta para o estádio.”
Mudanças de treinador e diretor de futebol
“Dentro desse balanço, primeiro quero agradecer ao Hugo (Almeida) que começou como nosso treinador lá no campeonato, teve questão de elenco que eu optei por não esperar muito, questão objetiva que era resultado. Ele passou a fazer parte da Comissão Permanente, hoje está em vôos maiores, está em Portugal, então a gente fica feliz por ter participado do crescimento dele e dele no nosso. A questão dos três técnicos no campeonato: Tivemos e questão do Hugo que a gente trocou e o segundo foi a questão do Rafael (Toledo) que foi pro Vila Nova depois, foi uma mudança que não dependeu da gente. Mas corremos lá, colocamos uma peça importante que foi trazer o Waldemar Lemos na reta final e infelizmente ficamos nas quartas de final. Nas demais foram mudanças estratégicas mesmo, a mudança do Diretor de Futebol. Um agradecimento meu ao (Ademilton) Pavão que foi Presidente mas na minha gestão ficou como Diretor de Futebol, mas nesse momento a gente preferiu dar prioridade para o Roberto Patu.”
Juniores
“Nos Juniores nós tivemos uma campanha muito boa, ficamos em terceiro, saímos nas semifinais com dois empates (contra o Gama que mais tarde seria o campeão), infelizmente não tínhamos a vantagem do empate e hoje não estamos na Copa São Paulo. Pra gente era um objetivo muito firme e faltou um pouquinho, e tudo isso que a gente fez esse ano a gente está avaliando. ”
Parceria com a Anapolina-GO
“Foi uma parceria bastante proveitosa para a gente deixar nossos jogadores em atividade, infelizmente lá também eles bateram na trave, no último jogo empataram em casa e era pra ganhar para poder classificar. Não passaram, mas foi uma boa experiência para a gente também porque a gente quer valorizar esse elenco. Então eu não quero chegar em abril e o cara ficar desempregado. Então, chegou abril e a gente tem condições de colocar ele em algum clube, como foi feito com a Anapolina, a gente vai fazer. É bom porque a gente continua avaliando o elenco, continua com o elenco em atividade, o que culmina com essa apresentação hoje.”
Mudanças no elenco
“Dos titulares do ano passado a gente tem quatro ou cinco que permaneceram, o restante foi renovado em qualidade. Por exemplo o goleiro (Cleysson Santos) foi o melhor do Campeonato Mineiro, então a gente observou ele num jogo da Anapolina contra a Patrocinense. Falei “se ele aceitar o convite, é uma ótima peça para compor nosso elenco”. Então, dentre acertos e erros, acho que nós tivemos mais acertos, e os erros que foram identificados foram corrigidos, e a gente espera que isso se reflita em campo agora, num trabalho efetivo rumo ao título.”
Eliminação nas quartas
“Empatamos em casa e perdemos fora para o Brasiliense. Porém a gente não tem que ter medo de ninguém. Pegamos o Brasiliense sim, mas tínhamos condições de chegar, bater de frente com o Brasiliense, tivemos uma ou outra bola que pelos Deuses do Futebol não entraram, ficamos no meio do caminho. Esse ano a gente espera chegar, respeitando todos os adversários, conhecemos a capacidade de todos eles, a gente espera sim estar esse ano na final e erguer o título pela primeira vez.”
Luis Carlos Sousa
“O Luis (Carlos) é um técnico muito referendado em Brasília, que conhece muito bem os atletas, exige muito deles e é um perfil que eu gosto muito. De não deixar ninguém de cabeça baixa nem respirar, é intensidade o tempo todo, que é a nossa proposta dentro e fora de campo. É intensidade, é Capital e se Deus quiser ele será o nosso comandante nessa caminhada.”