Entre os dias 7 e 9 de setembro, o Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, sediou a 25ª edição do Campeonato Brasileiro de Karatê Interestilos, maior competição da modalidade no país. Organizada pela Confederação Brasileira de Karatê Interestilos (CBKI), o certame contou com a participação de mais de 1.600 atletas de todos os estados do Brasil e de vários outros países, que disputaram a International Open WUKF 2018, realizada no mesmo fim de semana também no Nilson Nelson.

Disputada em três estilos diferentes (Kata, Kumite e Kumite por equipes) a competição registrou um saldo positivo para a delegação brasiliense: foram cerca de 500 atletas representando a bandeira da Capital Federal. Dentre estes competidores, 11 alunos do Centro
Olímpico e Paralímpico do Riacho Fundo se destacaram, conquistando 7 medalhas ao todo, sendo duas de ouro, duas de prata e outras três de bronze. Este resultado foi bastante expressivo para o Distrito Federal, que teve seu nome elevado no cenário do Karatê nacional.

Por trás de todo grande vencedor sempre há um grande líder e com o Centro Olímpico do Riacho Fundo não é diferente. A equipe é treinada por Luiz Paulo Aniceto que, orgulhoso, conversou com a equipe do DF SPORTS.

Luiz tem sua vida completamente envolvida pelo esporte. Além de ser professor de Karatê desde os seus 20 anos de idade, ele divide essa função com a arbitragem de futebol. O árbitro de 28 anos conta que iniciou sua vida no esporte através de seu irmão, Müller Aniceto.

Luiz, à exemplo de muitos jovens garotos, tinha o sonho de ser jogador de futebol. O tempo passou e ele não conseguiu se firmar como atleta, até um dia em que Muller apitaria uma partida de
futebol em um clube e o convidou para ser mesário. Luiz acompanhou seu irmão por algum tempo, sempre vestido em suas roupas de futebol, pois aproveitava para praticar o esporte nas horas vagas.

Luiz aniceto é árbitro conhecido do futebol de Brasília. Foto: Arquivo Pessoal

Em certa ocasião, o árbitro auxiliar de Muller não pode comparecer à partida e Luiz foi convidado à subir de mesário para árbitro de campo. “Perguntei se o Muller tinha enlouquecido, pois eu não sabia apitar. Ele respondeu que se eu não o fizesse, ele seria expulso do clube.” Conta. Luiz apitou, todos gostaram e desde então ele se dedica a carreira na arbitragem.

Paralelamente, Luiz sempre foi muito próximo ao Karatê. Seu pai, Edmilson Aniceto, sempre dedicou-se a lecionar a arte marcial e sob a influência dele, Luiz também seguiu o mesmo caminho. Desde os 4 anos ele pratica a luta, pois na sua casa funcionava uma academia
destinada ao ensino dos princípios e fundamentos básicos da modalidade.

Aos 20 anos, Luiz se tornou professor e desde então concilia a função com a arbitragem de futebol, conciliando os dias da semana vestindo o quimono e nos fins de semana as chuteiras.

Em 2013 ele ingressou no projeto do Centro Olímpico e Paralímpico do Riacho Fundo e se identificou muito na instituição. O local possui cerca de 180 atletas e segundo Luiz ele se sente em casa na presença de seus pupilos: “Tenho a maior alegria em participar do projeto. Já tive que viajar algumas vezes para cumprir escala da CBF, mas com ajuda da equipe consigo conciliar tudo e tem dado muito certo.” Comenta.

Sobre os resultados obtidos no Brasileiro Interestilos, Luiz não mede palavras: “Pra gente foi um prazer imenso participar de um evento tão grande. Nos preparamos bastante, com os alunos treinando todos os dias. Queria levar uma equipe maior, com mais alunos, mas infelizmente não foi possível. Mas o campeonato foi muito disputado e tudo foi muito gratificante para nós.” Pondera.

Confira os medalhistas na competição:

Sarah Oliveira Catarinha (Ouro);
Hellen Dayane (Bronze);
Heitor Oliveira Catarina (Ouro);
Maria Laura (Prata);
Davi Macedo (Prata);
Sofia Macedo (Bronze);
Enzo Gabriel (Bronze).

Por Gabriel Felipe

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