Estréias nunca são fáceis. Começar algo novo requer sempre muita paciência e o desafio de estar em algo diferente não costuma ser fácil. Foi isso que viveu o SESP/Samambaense em 2018. Após se despedir de Planaltina-GO e rumar para a cidade de Samambaia-DF, o clube, com nova gestão, se viu impossibilitado de jogar no Rorizão. Com dificuldades financeiras e revoltada com a situação das praças esportivas locais, uma decisão radical veio por parte da diretoria: Jogar em Alexânia-GO. E assim se deu. O SESP/Samambaense mandou seus dois jogos em casa no estádio Urias Lima, na cidade goiana. Já não bastasse estar longe de casa, o sorteio ainda decretou três jogos longe de seus mandos e apenas dois em casa, fator que dificultou ainda mais o trabalho do clube.
Dito isso, a diretoria resolveu apostar na hora de montar o elenco. Jogadores desconhecidos e vindos do futebol amador do Distrito Federal formaram a espinha dorsal do time, que não tinha nenhum nome badalado. E, a julgar pelos primeiros resultados, o SESP/Samambaense quase pagou caro por isso. Começou perdendo por 5×1 para o Legião e depois foi derrotado pelo Planaltina por 2×1 de virada. Todos já davam o inexperiente grupo como morto. Mas a partir da terceira rodada, contra os adversários de mesmo nível no grupo (Legião e Planaltina avançaram ao mata-mata), o SESP/Samambaense superou todas as expectativas. Enfiou 4×2 no Cruzeiro-DF e venceu o Brasília por 3×2. No caminho da reação, um tropeço contra o Botafogo, perdendo novamente de virada por 2×1, selou o destino da guerreira equipe da Samambaia.
PONTO POSITIVO
As sementes foram lançadas. O grupo reagiu bem após dois resultados adversos, criou casca e quase aprontou dentro do grupo B. A diretoria com certeza poderá apostar no próximo ano em alguns dos atletas de 2018. Com alguns reforços, ajustes e, claro, a experiência de não ser mais um estreante, o SESP/Samabaense pode voltar na próxima temporada como um dos candidatos ao acesso.
PONTO NEGATIVO
Com excessão da primeira partida, quando foi goleado, o time se saiu bem. Porém, nas derrotas de virada para Botafogo-DF e Planaltina ficou claro que a falta de experiência dentro do grupo pesou. Para o próximo ano, é necessário sim continuar acreditando no ideal do projeto (revelar jogadores) mas se quiser algo mais, o SESP/Samambaense precisa pintar esse quadro com alguns atletas mais experimentados.
CAMPANHA SEGUNDA DIVISÃO 2018
5 jogos / 2 vitórias / 0 empates / 3 derrotas
1ª Rodada – SESP/Samambaense 1×5 Legião
2ª Rodada – SESP/Samambaense 1×2 Planaltina
3ª Rodada – SESP/Samambaense 4×2 Cruzeiro-DF
4ª Rodada – SESP/Samambaense 1×2 Botafogo-DF
5ª Rodada – SESP/Samambaense 3×2 Brasília
Por Pedro Breganholi