O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) foi escolhido para ser o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o acidente ocorrido com o voo da chapecoense, que vitimou atletas, profissionais do clube e também da imprensa, quando o time catarinense estava indo para a Colômbia disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, de Medellín.

O requerimento da CPI foi de iniciativa do senador Jorginho Mello (PL/SC) e do senador Nelsinho Trad (PSD/MS), que preside a Comissão de Relações Exteriores (CRE), e já tentou convocar os representantes da LaMia, empresa aérea responsável pelo avião do acidente, e também da AON, corretora que indenizaria as famílias, mas nenhum deles acabou comparecendo.

A decisão da relatoria para o senador do Distrito Federal ocorreu em reunião realizada na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na última terça-feira (26). O encontro contou com a presença do zagueiro Neto, um dos poucos sobreviventes da tragédia.

Foto: Divulgação/Senado

Izalci falou com exclusividade ao DF Sports+ sobre como serão os trabalhos e a importância da criação da CPI. “Nossa ideia é instalar a CPI antes mesmo do recesso deste ano. Pedi aos líderes que indicassem os membros pra instalarmos o quanto antes. Vou me reunir com o senador Jorginho para definir como serão os trabalhos”, afirma.

“É um assunto de extrema urgência, pois há famílias que passam até por dificuldades financeiras enquanto aguardam essas indenizações. Queremos responsabilizar os culpados e cobrar o quanto antes o apoio às famílias que não entraram em acordo”, planeja Izalci.

A ideia é buscar as formas possíveis de se indenizar as vítimas, e também cobrar do governo boliviano e das seguradoras o pagamento das indenizações.

Investigação

A principal hipótese apontada como motivo para a queda do avião, que completou três anos no final do mês passado, tem sido a perda do controle da aeronave devido a falta de combustível no tanque, o que pode ter acontecido por uma tentativa de economia por parte da empresa.

Foram 71 pessoas mortas no acidente com o avião da LaMia, uma empresa boliviana que sempre realizava viagens na América do Sul. O Senado quer garantir não só a indenização das famílias como também buscar prevenir que novas tragédias aconteçam.

Seguro

A AON, corretora responsável pelo seguro das aeronaves, cobrava o valor de 300 milhões de dólares da empresa boliviana. Em 2016, mesmo ano do acidente, a LaMia atrasou o pagamento e chegou até a ser proibida de fazer voos. A empresa entrou em acordo com a seguradora e abaixou o valor para US$ 25 milhões, mas ainda não se tem a confirmação de que haveria pagado esse valor.

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