Técnico da Seleção Feminina de Beach Soccer fala da importância do DF para a modalidade
O Beach Soccer, conhecido popularmente no Brasil como futebol de areia, chegou ao país em 1993 através do “Maestro Júnior”, ex-jogador e atualmente comentarista da Globo. Desde então, o esporte vem tomando dimensões cada vez maiores no país e na capital federal. É comum vermos a prática nos parques e clubes do DF. A cidade conta também conta com algumas equipes que sempre disputam as competições nacionais.
Desde a última sexta-feira (28), está rolando a primeira edição do Brasília Beach Soccer, que vai até o próximo domingo (8). A competição reúne 40 equipes da modalidade masculina e feminina. O torneio inédito contou com a presença ilustre do técnico da Seleção Brasileira Feminina de Beach Soccer, Fabrício Santos. Em um bate-papo com a reportagem do DF Esportes, o técnico falou um pouco do cenário da modalidade.
A Seleção Brasileira Feminina surgiu em 2019 e disputou a Ouro Beach Game, quando ficou em 3º lugar. O comandante da Canarinho falou que sua missão, além de selecionar atletas para a Seleção, é buscar também fomentar o crescimento da modalidade. “Desde então, nosso trabalho como Seleção Brasileira foi buscar o desenvolvimento da modalidade, a fomentação do esporte dentro do nosso país. A partir desse momento eu comecei a visitar vários pontos do nosso país para tentar, de alguma forma, incentivar as atletas, os profissionais e seus militantes. Muitas vezes, alguns times não conseguem comparecer ao Campeonato Brasileiro, e aquela atleta acaba não ficando na vitrine, já que o Campeonato é um critério para ser convocada”, explicou.
Fabrício contou que busca sempre estar em contato com as Federações Estaduais e assim, sempre que possível, estar em cada região e levar a oportunidade para aquela atleta que não conseguiu jogar o Campeonato Brasileiro, incentivando também que os jogos sejam transmitidos para que todos, inclusive ele, possam acompanhar.
Brasília no Beach Soccer
Ao falar sobre o Beach Soccer de Brasília, o técnico rasgou elogios ao trabalho que vem sendo desenvolvido. Ano passado, Fabrício esteve presente para acompanhar o Campeonato Brasiliense, e desta vez, veio para assistir o Brasília Beach Soccer, iniciativa do Instituto Mover da Vida, do treinador Moacir Júnior.
Prestigiar o evento não é somente visitar, é monitorar e acompanhar o que está acontecendo. Por exemplo, uma competição com sub-17 e sub-20 é uma competição promissora, e eu já estou olhando lá na frente, para o processo. É importante que trabalhemos nossa base, porque não temos isso difundido no nosso país. São regiões remotas que incentivam, e Brasília é um exemplo. Falando de categoria de base, a cidade é um polo essencial, principalmente acompanhando agora o Brasília Beach Soccer, é gratificante ver que aquelas meninas que estão ali duelando e farão parte da categoria.
Fabrício salientou que as meninas no DF não são praticantes da modalidade, já que na verdade elas acabam migrando da quadra ou do campo para o Beach Soccer, então elas jogam esporadicamente. “Estamos tentando fazer com que a competição em Brasília exista mais vezes no ano, para que a atleta, quando for disputar campeonato, não esteja lidando com a novidade, e sim com algo rotineiro”.
Crescimento nacional
Na visão do técnico, a modalidade vem tendo uma crescente em todo o Brasil, e isso se deve também ao incentivo das instituições. Fabrício citou exemplo do último Campeonato Brasileiro, que pela primeira vez foi todo custeado por incentivos de fora e os clubes não tiveram gastos – diferente dos outros anos. Ressaltou também que é importante que pessoas que trabalharam para o esporte são essenciais para a difusão do esporte. “O incentivo das instituições é essencial para este processo. Todos nós temos nossas particularidades, então todos nós temos responsabilidade social e profissional. Eu, como técnico da Seleção, tenho uma visão de convocação, de trabalhar o alto rendimento, mas isso só existe se houver um processo.”
O Brasília Beach Soccer é um torneio custeado pelas emendas da Senadora Leila do Vôlei, que conseguiu a verba através dos Ministério dos Esportes na Secretaria Nacional de Futebol.
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