A ilha de Maui, no Hawaii, é a casa do XTERRA Thriatlon. A modalidade nasceu no ano de 1996 e foi criada pelo então atleta Tom Kiely, e corresponde a uma versão do triatlo, como conhecemos, mas disputada em forma de off-road. Após 22 anos de existência, a modalidade é praticada em mais de 40 países ao redor do globo, exceto no continente gelado da Antártida. E é justamente na casa do XTERRA, no Hawaii, que será realizado, em outubro deste ano, o XTERRA World Championship, o campeonato mundial da modalidade, disputado por 800 atletas de 32 países. E o melhor, o Brasil terá um representante de Brasília.

O Policial Militar Rodrigo Braga é triatleta desde 2009 e se prepara para o mundial de XTERRA há bastante tempo. Além de carregar em seu currículo importantes títulos, como o da Copa Brasiliense de Triatlo, na categoria por idade, Rodrigo já conquistou o título da mesma categoria na competição nacional do XTERRA, tendo derrotado grandes competidores conhecidos no meio esportivo na modalidade. Além disso, o atleta conquistou a vaga para disputar o mundial no Hawaii disputando uma seletiva sul-americana, que foi disputada em Ilhabela-SP.

A natação é uma das modalidades que o triatleta precisa superar na competição. Foto: arquivo pessoal/Rodrigo Braga

Desde outubro do ano passado focado na disputa da competição de 2018, o militar tem mantido uma pesada rotina de treinos para conseguir os melhores resultados em território americano. Seus treinamentos incluem natação, Mountain Bike, ciclismo de estrada, corrida em asfalto e em trilhas, além de musculação todos os dias da semana. Rodrigo divide essa rotina com seu trabalho na Policia Militar do Distrito Federal, na qual é instrutor de treinamento funcional no Projeto Prevenindo com Arte, do 4º batalhão do Guará II. Rodrigo mantém estes treinamentos pois terá pela frente atletas profissionais que vivem do esporte e alimentam uma rotina tão exigente quanto a sua.

Mas, para poder disputar o XTERRA em Maui, o atleta está em busca de apoio e patrocínios para a viagem. Ocorre que os custos de inscrição da prova, passagens aéreas, hospedagem, entre outros, são bastante elevados, além dos custos anuais para que Rodrigo possa se manter como atleta, tais como suplementação alimentar, manutenção de equipamentos e viagens para a disputa de outras provas. Rodrigo já havia conquistado a vaga para o mundial em outras três oportunidades, mas por falta de patrocinadores e apoiadores, teve de deixar de lado.

Assim como no triatlo convencional, o ciclismo também é parte da prova. Foto: arquivo pessoal/Rodrigo Braga

Mesmo diante de grandes dificuldades, Rodrigo não abaixa a cabeça. Para ele, disputar o Mundial é uma realização pessoal. “Como atleta amador (não vivo do esporte) conseguir boas colocações em provas grandes já é a cereja do bolo para quem treina e se dedica todo dia. Mas ir disputar uma prova do nível do mundial do XTERRA, onde se classificam os melhores triatletas do mundo, em diversas provas classificatórias ao redor do planeta é o que eu sempre quis, meu sonho. O grande problema é me manter competindo (para adquirir experiência de prova), manter os equipamentos em dia, suplementação e deslocamentos para realização das sessões de treinos e etc. sem patrocínio ou um apoio forte que banque inscrições e viagens. Mas faço porque gosto e sou apaixonado na modalidade e uma ajuda sempre será bem-vinda”, confessa o militar.

Por Gabriel Felipe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *