Depois de chegar à final de conferência em 2017 de garantir o melhor resultado do time na história do campeonato brasileiro, o Tubarões do Cerrado continua melhorando o elenco para ir ainda mais longe na temporada 2018. A novidade é o polivalente Wellington Fideles de apenas 19 anos, destaque do Brasília Templário na Liga Nacional de 2017.

As atuações de Wellington chamaram a atenção da comissão técnica do TdC há bastante tempo, segundo o presidente do time Lucas Ricci. “Ele sempre foi visto como um jogador diferenciado por todas as equipes do DF, principalmente pela sua habilidade atlética”.

Também fora do Distrito Federal as atuações do ex-quarterback do Templários chamava a atenção e outras propostas chegaram até o jogador. A principal delas veio do Rio Preto Weilers, do estado de São Paulo. O clube paulista ofereceu moradia, alimentação e passagem aérea. Mas foi no Tubarões que o atleta depositou a confiança para desenvolver seu potencial.

Apesar da troca de equipe Wellington ressaltou a importância do Templários no seu desenvolvimento e quer estar presente no time que o revelou. Segundo o atleta ele estará sempre nos treinos do Templários e “apenas” não jogará com a mesma camisa. “O Templários é uma família para mim e nunca deixará de ser. Deixei claro para todo mundo que não estou trocando eles, apenas dando um passo importante para alcançar meus objetivos”.

Coringa em campo

No dia 21 de janeiro Wellington esteve em campo na partida entre a seleção sub-19 do cerrado (combinado de jogadores de Brasília e Goiânia) e a seleção sub-19 de Minas Gerais, quando os mineiros venceram por 20×06. Mas o destaque da partida foi o camisa um do cerrado.

Wellington atuou em quatro posições diferentes daquele jogo. Como quarterback, posição que estava acostumado a jogar no Templários, completou quatro passes em oito tentativas, avançou 169 jardas aéreas, 25 jardas corridas e correu para o único touchdown do time na ocasião.

Na defesa jogou como linebacker. Segundo Wellington foi a primeira vez dele nesta posição e se surpreendeu com o resultado. Foram seis tackles e um fumble forçado. “Foi minha primeira experiência jogando na defesa. Não sabia que iria me encaixar tão bem quanto dizem. Gostei pra caramba e já posso dizer que é uma das minhas posições preferidas”, revelou o jogador.

Além disso Wellington jogou ainda no time de especialistas como retornador, com ganho de 40 jardas ao longo do jogo, e punter. Como se não bastasse, o jogador-coringa revelou que já jogou de running back e costumava treinar na posição de wide receiver.

Novo time, novas funções

No novo time Wellington quer atuar também em “todos os lados da bola”. No ataque ele brigará por uma vaga de wide receiver. Na defesa, apesar da excelente atuação como LB, ele vai em busca de um novo desafio, jogar como safety. E no time de especialistas como retornador.

A questão ainda passa pela comissão técnica do Tubarões, que buscará a melhor maneira de encaixar o novo jogador no elenco do treinador Fabrício Ataíde. “Nosso Head Coach já está planejando onde melhor utilizar o Wellington e com certeza ele vai ser bem aproveitado. O Wellington tem a capacidade de jogar em várias posições, o que facilita o encaixe dele no nosso sistema”, ponderou Lucas Ricci.

Futuro

Com a pouca idade e muito futebol americano pela frente o atleta faz planos para a carreira dentro de campo. O primeiro deles é participar da próxima edição do mundial de futebol americano do próximo ano defendendo as cores da seleção brasileira. A longo prazo o objetivo é ganhar uma bolsa de estudos em uma faculdade dos Estados Unidos e poder jogar o College Footbal. A partir daí a Liga de Futebol Americano Canadense (CFL) é o próximo passo.

Por Marcus Gomes

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