No último sábado (7), no Colégio Marista de Brasília, foi realizado o Festival de Handebol de Brasília. O evento reuniu várias equipes de da modalidade de escolas do Distrito Federal e Entorno e contou com equipes formadas por alunos de 7 a 15 anos. O festival é coordenado por José Ivan Mayer de Aquino, vice-presidente da Federação Brasiliense de Handebol, e consiste na parte prática do curso proposto pela própria entidade, que teve início dias 4 e 5 de abril com o professor Jean Boleslaw Nita, ex-técnico da seleção francesa e atual conselheiro técnico esportivo da Federação Francesa.

Jean Nita palestrou sobre a atual situação do Brasil no handebol. Ele avaliou as táticas, técnicas e falou sobre a base de jovens atletas brasileiros no esporte. O objetivo é associar o handebol praticado nas escolas com as equipes profissionais, até chegar na seleção nacional. Para Nita, que é um dos maiores responsáveis pela evolução do handebol francês, a prática do esporte no país necessita de uma gestão mais aprofundada e organizada, além de estimular o aprendizado de novas táticas e técnicas para o aprimoramento do estilo de disputa de jogo.

Na segunda parte do curso, José Ivan e professores do DF observaram as partidas disputadas no Colégio Marista com o objetivo de parametrizar o comportamento defensivo e aprimorar os sistemas de registro de avaliação. Por intermédio do scout de monitoramento, os avaliadores identificaram e levantaram fragilidades nos pontos defensivos das equipes brasilienses e, com base na palestra de Jean Nita, elaboraram novas táticas defensivas, visando diminuir as falhas recorrentes no setor. A tarefa é propor um modelo de registro para o comportamento das defesas nas equipes.

A Federação de Handebol do Distrito Federal (FHDF) tem como meta especializar pelo menos 20 técnicos até o ano de 2021. Para José Ivan, a geração brasileira do esporte em questão está envelhecendo e por isso é importante que haja uma aproximação entre a prática de crianças nas escolas e os adultos dos clubes e seleções. “Além da formação de novos treinadores e especialistas, se faz necessário a formação de novos atletas profissionais, para que o DF volte a figurar entre os grandes do país e o Brasil possa brigar pelos melhores resultados em âmbito mundial”, ponderou.

Para os alunos que integram as equipes participantes, o festival é uma grande oportunidade de enfrentar novos adversários, vindos de escolas de outras cidades de Brasília. Maria, de 14 ano, representa o colégio Sigma e acredita que a disputa do pequeno certame é importante para os adolescentes como ela, que disputam um campeonato pela primeira vez. “Eu acho que participar desse torneio é uma chance de conhecer o Handebol por uma outra visão, pois disputar jogos contra times de outras escolas é uma experiência nova para quem só joga contra alunos do mesmo colégio nas aulas de educação física”, afirmou a jovem.

O próximo encontro do curso terá foco nas partes ofensiva, de marcação, além das táticas de jogo. O novo encontro está previsto para o dia 5 de maio, quando será disputado mais um Festival de Handebol Infantil do Colégio Marista.

Por Gabriel Felipe

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